É muito preocupante a
situação de calamidade a que se encontra todo o nordeste. Além da constante
circulação de carros pipa e caminhões carregados de capim, cana ou mesmo bagaço
de cana, agora a coisa começa a se agravar com a perspectiva de racionamento da
égua do SAAE.
Não temos notícias de
nada oficial, mas já se fala no fornecimento apenas dia sim e dia não.
A incompetência da administração
da autarquia, e do próprio poder executivo leva a crer que nada foi feito até o
momento para fugirmos do fantasma das secas, como:
O aumento da capacidade
de armazenamento do açude Farias de Sousa, a perfuração de poços profundos para
auxiliarem no abastecimento, a construção de novos açudes, como o do rio Acaraú
já tão propagado, ou até mesmo a utilização de açudes localizados nas
proximidades da sede do município, poderia afastar esse problema que se agrava
a cada dia.
É de cortar coração, o
que se vê por todo o território cearense. No último domingo, constatamos com
tristeza a bica do Ipú, sem água para banho. Seguimos até a barragem do Boi
Morto, e o que vimos é uma cena por demais entristecedora.
Esta é a famosa barragem
do Boi Morto, no município de Ubajara. Onde já foi alvo de grande movimento
turístico, nada mais existe, a não ser o chão seco da barragem, os bares e
restaurantes fechados, tudo em completo abandono.
É grande a semelhança
deste local com as cidades fantasmas dos filmes de caw boi. Local totalmente
abandonado sem nenhuma perspectiva de recuperação dos prejuízos sofridos até
então. O mesmo está acontecendo com os fazendeiros que vêm seu rebanho morrendo
e as carcaças tomando espaço nos pátios e nas estradas.
O poder público não pode se fugir da responsabilidade.
Cidades turísticas dependem exclusivamente das visitas programadas pelos
turistas que só vão onde há estrutura capaz de recebe-los. Para isso, é urgente
a construção de reservatórios na retaguarda desses pontos turísticos,
capazes de mantê-los em funcionamento mesmo nos anos de inverno escasso ou de seca mesmo como ocorre neste ano de 2012..