É certo que todos os países vêm
passando por grandes dificuldades, motivadas pela crise financeira que se
abateu de norte a sul do nosso globo.
Mas é certo também, que muitos já se livraram, pelo menos em parte, dos
efeitos negativos dessa catástrofe. Apenas o nosso país, na ânsia de parecer
forte aos olhos do mundo, permanece gastando suas reservas com a falsa
aparência de ser o mais poderoso entre os BRICS.
Nós podemos gastar bilhões
patrocinando uma copa do mundo, construindo estádios e tudo o mais determinado
pela FIFA. Nós podemos gastar bilhões com doações a países africanos
inadimplentes para com nossa balança comercial. Agora, pretendemos dar emprego
aos médicos estrangeiros, desempregados, ao invés de aumentarmos vagas nas
universidades públicas, construir ou reformar hospitais, aparelhando-os com o
mínimo indispensável a um bom atendimento da população.
E nossa Nova Russas, partícipe
deste drama, não seria diferente. Temos passado
por dias tenebrosos. A constante troca de gestores públicos, a incompetência
administrativa de alguns, são fatores que só aprofundam ainda mais a difícil
situação de nossa pobre e querida terrinha.
Tivemos, recentemente um prefeito,
que mandou colocar iluminação pública em chiqueiro de bodes, (isso aconteceu no
povoado “Stop”), pouco depois de Nova Betânia. Este mesmo gestor, colocou
iluminação pública em cercados, um pouco adiante da localidade Stop. Isto
demonstra a absoluta falta de competência para gerir a coisa pública.
Atualmente estamos vivendo momentos
difíceis também na área da segurança. Nesta última semana, tivemos vários
assaltos à mão armada, dentre eles os Correios, o Posto Pioneiro, Meire da
Rodoviária, o Geraldo, etc. Tudo isto sem falar nas invasões de residências,
sempre a noite, enquanto os moradores dormem. Só em uma noite visitaram quatro
casas no Alto, com sérios prejuízos para todos.
Cabe aqui a pergunta: e a polícia,
porque não prende esses marginais? E quanto os prende porque não se demoram atrás
as grades? Muitas pessoas se revoltam com o que ocorre atualmente em nossa
cidade. Até chegam a sentir a ausência do Sobreira, do Adrianízio, (Majores)
que comandaram nosso batalhão e que afugentaram os marginais que já retornaram
por se sentirem acossados em outras cidades e mais seguros aqui.
Os protestos estão nas ruas de todo
o Brasil (e aqui não foi diferente), pedindo segurança, melhorias na saúde, na
educação, controle da inflação, menos impostos e fim do fator previdenciário
etc. Os políticos estão sentindo o reflexo da “voz das ruas” e já começam a
mudar o comportamento.
A Presidenta, que a princípio quis falar
duro, já modificou o discurso e até recuou em algumas propostas. O Senado
recuou no projeto dos suplentes. Faltam apenas leis que beneficiem o povo,
atendendo às manifestações, mudando certos absurdos praticados pelas
autoridades, como o uso de jatinhos para assistir casamentos ou jogos da
Seleção. Se não fora assim, no próximo ano teríamos revoadas de jatos do
governo acompanhando a canarinha
carregados de políticos e de suas famílias.
Pobre Brasil, tão grande, tão rico
e dom um povo tão sofrido.
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