Ninguém nesta cidade de Nova Russas, é capaz hoje, de enumerar quantas pessoas se dedicam a venda de água. É muito grande o número de veículos conduzindo água em tambores, garrafas e outros vasilhames.
Os veículos
são desde caminhões, caminhonetas, carros pequenos, carroças, motos e até
bicicletas. É uma espécie de pânico da sede. Alguns conduzem a água em
depósitos com capacidade para 1.000 litros, cujo preço varia desde R$ 30 até R$
20. Tambores de 20 litros também estão no mercado, a preços menores em torno de
R$ 3 a 4 reais.
Isso garante
a existência do precioso líquido nas residências. Agora, quem garante a higiene
desse líquido? Quem garante a origem informada pelo vendedor, se em tudo que é
poço, cacimbão ou outras fontes existem pessoas colhendo a água para vender?
E nós
perguntamos: onde fica o SAAE, onde estão as autoridades do município e que
providencias estão tomando para cortar esse mal pela raiz? Sabe-se que a água é
um elemento indispensável em todas as atividades de casa, além da necessidade
de a ingerirmos todos os dias.
Quem vai
nos livrar de uma grande epidemia, ou de pequenos males, como de pele e outros
trazidos pelas águas impuras? Quem irá responder pelo que possa acontecer com
nossa população?
Urge que
sejam tomadas urgentes providencias imediatamente. Não se pode esperar que uma
tubulação vinda do Araras para conduzir água até Crateús passando por Nova
Russas, que vem a passos de tartaruga salve a situação. É
necessário que a prefeitura tome medidas concretas para solucionar o problema agora!
Existem
alguns caminhões-pipa da prefeitura conduzindo água, trabalhando de forma totalmente
improdutiva. Imagine uma pipa com cerca de 7 a 10 mil litros, chega numa rua,
estaciona e ali permanece parada, para que as pessoas a esvaziem retirando
baldes, garrafões de mineral e outras vasilhas de pequena capacidade, o que
leva um tempo absurdo. Não seria mais racional que existissem nos bairros
caixas (plásticas) de 2, 3 ou 5 mil
litros, para receber o produto? o pipa ao chegar ligava sua bombinha e
transferia a água para a caixa e retornava em busca de mais água para outros bairros.
Ai sim, a produtividade aumentaria em muito e satisfazia as necessidades dos
habitantes carentes do precioso líquido.
Enquanto
isso, o SAAE nada faz, mas seus leitores visitam as casas fazendo a leitura dos
hidrômetros que rodam impulsionados pelo vento, para que as contas sejam emitidas, já que água mesmo não passa
ali. Existem casas nos bairros Vermelho, no Alto da Boa Vista, São Francisco, e
outros, cujas torneiras não conduzem água a mais de um mês. Isso é inaceitável.
O SAAE precisa se explicar com a população e fazer a sua parte. O povo não vai
suportar isso por muito tempo. Não abusem da bondade do povo. A moda agora é protestar!