O francês Montesquieu idealizou o governo com três poderes. O poder executivo, executa, administra o país, o estado, o município. O poder legislativo representado pela câmara federal, estadual e muncicipal, faz as leis e fiscaliza os atos do executivo, e o poder judiciário, julga e aplica as leis e, até legisla na ausência delas.
Depois de séculos de abusos dos reis, o poder passou a ser dividido. Os reis passaram para cargos apenas decorativos, cabendo a execução ao primeiro ministro, seguindo a filosofia popular que dizia que "era melhor perder os anéis do que perder os dedos".
Na prática, o poder legislativo em qualquer nível tornou-se como o rei, apenas um poder decorativo, mas em alguns momentos, quando seus membros lembram que formam um poder independente como está na Constituição Federal, e quando essa independência é exercida, é impossível o executivo governar. Apenas se arrasta e morre se não houver acordo.
Em Nova Russas, com dois terços de opositores na câmara, a cidade transformou-se num barco à deriva. Não se tem aprovado mais nada. Os vereadores, desta vez, parece que vão desmentir parte da população que sempre repetiu que "eles querem apenas dinheiro".
É uma pena que estas coisas aconteçam, mas toda crise trás melhorias, e na política a consciência sempre aumenta. Se se tirar o "s" da palavra CRISE, ela transforma-se em CRIE. Desta crise espera-se que a população CRIE, e tire lições definitivas para o bem da cidade e da população.
José Matos - Professor Habilitado em Economia e Auditoria e formando em Direito - Brasília - DF - 22.06.2010
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