Algumas pessoas infelizes caracterizam-se por manterem uma postura mal humorada, agressiva e rude no trato diário com os demais. Como são infelizes, vivem com o propósito de infelicitar o outro, o que lhes dá prazer, principalmente com aqueles que não lhes nutrem simpatia.
Quando se procura conhecer suas estórias, verifica-se que se fixaram em algum acontecimento ou acontecimentos desagradáveis, e por isso se julgam coitadinhos sem sorte. Desta lembrança não souberam ou não quiseram superá-la e a nutrem queixando-se seguidamente para alguém ou em pensamentos. Ingratos e invejosos, lastimam-se pelo que faltou no passado ou falta no presente, sem enxergarem o que têm ou já tiveram. Detestados ou antipatizados, no fundo gostariam de ser amados, mas sem mudar a conduta, somente conseguem o distanciamento dos demais, e por isso são conhecidos como mal amados.
Não casaram com quem gostariam. Não exercem a profissão que queriam ou não ganham o que sonharam. Ficaram orfãos, foram abandonados ou não conheceram os pais. Sofreram violência na infância, adolescência ou passaram fome. Não aceitam o corpo que tem e alguns se acham feios ou sentem-se preteridos em relação a algum irmão ou irmã. Outros lutaram muito para evoluírem financeiramente e por isso não gostam de ajudar o próximo, alegando que conseguiram tudo sozinhos como se isto fosse possível.
Na vida tudo tem um propósito e uma razão de ser. Se se interessarem pelos mistérios da vida, descobrirão as razões de seus dramas e ficarão gratos à vida e felizes porque como asseverou Jesus: " nada há oculto que não venha a ser descoberto". Ficarão surpresos quando descobrirem que seus corpos revelam-lhes o caráter e que cada dificuldade foi lição necessária para seus desenvolvimentos.
Alguém já ensinou no passado que todos temos dentro de nós o lobo do bem e do mal. Ganha a luta aquele que for alimentado, e o escritor Lair Ribeiro, sabiamente, assim se manifestou: " A vida é como um eco. Se você não gosta do que está recebendo é bom prestar atenção no que está emitindo". Com São Francisco temos mais um mistério revelado: " é dando que se recebe".
José Matos - Professor e Conferencista - Brasília - DF - BRASIL - 18.08.2010
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